VANDALISMO
A comunidade
evangélica da Paróquia Bom Pastor
de Brusque levantou-se cedo para a celebração
do Culto da Páscoa que, tradicionalmente,
é realizada no cemitério, às
7 horas. Naquele dia, porém, enquanto
chegavam ao local do culto, foram surpreendidas
ao verem a sua igreja acometida por ações
de vândalos pertencentes a um grupo anticristão.
Os atos foram descobertos por volta das 4 horas
da manhã, quando os zeladores da Paróquia
foram ao cemitério iniciar os preparativos
para a celebração. Quando lá
chegaram encontraram no chão, em frente
a porta principal, um saco com o desenho de
um pentagrama. Figura esta que também
estava desenhada no chão. Sobre este
saco estavam colocadas páginas rasgadas
de uma bíblia e revistas de conteúdo
pornográfico, sendo que dentro de uma
delas, estava colocada a foto do Papa João
Paulo II. Também foi encontrada também
uma ossada humana quase que por completa dentro
do saco, faltando apenas o crânio. Além
disso, os vândalos não se intimidaram
e também picharam a parede da entrada
da igreja e apedrejaram a lateral da igreja,
quebrando vitrais e um lustre interno quase
centenário. Diante destes atos a polícia
foi acionada, a comunidade mobilizada, tendo
este episódio triste, repercussão
estadual.
Diante do acontecido somos lembrados de duas
situações que nos envolvem e nos
unem filhos e filhas de Deus e como membros
de uma comunidade, a saber: 1) A necessidade
e responsabilidade de, assim como o fazemos
com as nossas casas, de também ajudar
na proteção e no cuidado de nossas
igrejas, que é a casa onde nós
nos encontramos com Deus e com os irmãos
e irmãs na fé; 2) Da mesma forma
lembra da nossa missão de continuar o
anúncio do evangelho de Cristo a muitos
que ainda não tiveram a oportunidade
de sentir a presença do Deus da vida,
do amor, e da paz em seu caminhar.
Páscoa, portanto, é desenterrar
sentimentos como estes acima, que o mundo quer
sempre de novo sepultar. Lembremos da palavra
do apóstolo Paulo: “Se alguns não
creram, a incredulidade deles virá desfazer
a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma.”
(Rm 3.3-4).
P. Gilson R. Hoepfner